ADVOCACIA: OS TERNOS VAZIOS

EVINIS TALON
É possível que você já tenha ouvido a expressão “empty suits” (ternos vazios), que se refere àquelas pessoas que precisam se vestir de modo formal e elegante para impressionar outras pessoas. Tentam transmitir uma imagem de algo que não são.
Essa ideia de “ternos vazios” é muito semelhante a estudantes de Direito que, ainda no início do curso, levam vade mecum para a faculdade, conquanto não precisem dele. Ou aqueles que conseguem um estágio e começam a usar roupas mais formais do que as da pessoa a quem se reportam (o Juiz da vara em que são estagiários, por exemplo). Há também aqueles (estudantes e até professores) que dizem ter lido livros que jamais leram.
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De fato, se é um erro ou não, isso não é relevante. O que devemos perceber é que há uma tendência de passar uma imagem forte, o que não tem nada de errado, desde que também sejam construídos os bastidores. Esse é o ponto!
Na Advocacia, muitos estão mais preocupados com a aparência do que com o conhecimento e a experiência. Lembro-me de uma entrevista do Lenio Streck (leia aqui) que falava sobre o “kit carreira jurídica”. Sensacional! Na entrevista, o maior jurista brasileiro da atualidade – na minha opinião – fala sobre aqueles que usam um terno caro e um carro sedan.
Quem nunca viu algum Advogado que exibe ostensivamente a chave do carro ou uma agenda da OAB? Há o interesse premeditado de demonstrar que é um Advogado bem-sucedido, ainda que esteja no início, com poucos conhecimentos práticos e teóricos e sem ter obtido algum resultado relevante.
Verdadeiramente, vejo Advogados que, apesar de estarem no início da carreira, são excelentes profissionais, conquanto não se utilizem (por opção ou por falta de condições) do kit mencionado. Outros, que estão no início ou perto do fim da carreira, valem-se do kit (alguns frequentam até aniversário de criança com terno e gravata) como meio ostensivo de demonstração de que são Advogados, apesar dos graves problemas técnicos e éticos na condução de suas carreiras.
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Se é para usar terno, que eles não sejam vazios, isto é, que a exteriorização corresponda à realidade.
De um tempo para cá, adoto a ideia de que devemos ser mais do que parecemos ser. Por esse motivo, uso terno apenas excepcionalmente, para não tentar conquistar a confiança alheia apenas como decorrência de um “uniforme” que gera autoridade.
Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), um dos maiores Advogados brasileiros, raramente é visto de terno. Em suas palestras e entrevistas, veste-se de modo informal. Quando decide usar um terno, ninguém duvida que o terno “está cheio” (de conhecimento e experiência).
Em suma, o que devemos pensar é se os ternos são utilizados apenas para passar uma autoridade que ainda não se conquistou ou se a ausência deles não reduziria em nada a autoridade do seu portador, que já a adquiriu por meio de méritos que extrapolam uma simples – porém cultuada – vestimenta.
Roupas não fazem grandes Advogados, mas atitude, ética e comprometimento sim. Espera-se que qualquer vestimenta escolhida – formal ou informal – seja devidamente preenchida por um profissional sério e responsável.
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