VENDAS E LANÇAMENTOS DE IMÓVEIS NOVOS DISPARAM NO MÊS DE SETEMBRO EM SÃO PAULO


Para o Secovi-SP, porém, aumento não significa reação, já que volume acumulado no ano permanece baixo

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
A Pesquisa do Mercado Imobiliário, divulgada nesta quinta-feira (10) pela Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), mostrou que foram vendidas 1.717 unidades residenciais novas em São Paulo no mês de setembro. O número representa um aumento de 59,3% em relação ao vendido em agosto (1.078 unidades) e de 23,3% comparado ao mês de setembro de 2015, quando foram comercializadas 1.392 unidades.
O número de lançamentos ainda aumentou 83,9% na capital paulista em setembro na comparação com o mês anterior e 66,9% em relação ao mesmo período de 2015. A alta faz com que mês seja o segundo melhor do ano nesse quesito e, segundo o Secovi-SP, confirma as expectativas de melhora do setor. Os dados são da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Apesar dos resultados positivos no mês, os indicadores permanecem abaixo do esperado no volume acumulado. De janeiro a setembro, foram comercializadas 10.817 unidades residenciais na cidade de São Paulo, volume 21% inferior ao registrado no mesmo período de 2015. O mesmo comportamento pode ser observado nos lançamentos, que registraram queda de 27,9% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
"Apesar de positiva, não classificamos a melhora como reação, pois os resultados do acumulado do ano ainda estão abaixo dos índices do ano passado. Acreditamos que o mercado vai reagir de forma mais gradual, ao longo dos próximos meses", analisa, assim, o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
Já para o presidente da entidade, Flavio Amary, o aumento significa um novo ânimo da sociedade e dos empreendedores. "No entanto, insistimos na continuidade da redução da taxa de juros, para que o setor imobiliário retome suas atividades aos patamares normais, possa contribuir para a geração de emprego e renda e, consequentemente, com o aquecimento da economia", completa.
Os imóveis com maior destaque no mês foram aqueles com dois dormitórios, área útil entre 45 m² e 65 m² e na faixa de preço entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. O maior volume de vendas foi para unidades na planta.
Os apartamentos de dois e quatro dormitórios, entretanto, ganharam relevância. Os lançamentos aumentaram 351,8% para aqueles de três dormitórios e 700% para os de quatro ou mais dormitórios. Para as vendas, as altas foram de 179,9% e 156,7%, respectivamente.
Um fator preocupante da pesquisa, que também abrange a Região Metropolitana de São Paulo, é que, segundo a Embraesp, não foi identificado nenhum lançamento nas cidades no entorno da capital. "No ano, a redução nos lançamentos atingiu 47,5% em relação ao mesmo período do ano passado, o que é bastante preocupante", afirma Petrucci.

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